Chapada são formas de relevo assemelhadas a um planalto, possui formação sedimentar, sendo resultante de processo de estratificação de sedimentos.
1. O que é uma chapada?
Chapada e chapadão, termos usados para designar formas de relevo assemelhadas a um planalto. As chapadas apresentam larga extensão, superior a 10 hectares, topo plano e escarpas com inclinação em degraus, circundadas por terras mais baixas. O conjunto de chapadas que se sucedem é denominado de chapadão. Esta forma de relevo é comum nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do Brasil.
A chapada possui formação sedimentar, sendo resultante de processo de estratificação de sedimentos. Também pode representar um testemunho de terreno cretáceo, anteriormente recoberto por sedimentos que foram removidos pelo processo de erosão. Este tipo de formação recebe o nome de chapada residual.
2. Chapada da Diamantina
Diamantina, Chapada, representa a parte setentrional do planalto Atlântico, uma continuação da serra do Espinhaço, estendendo-se a leste do rio São Francisco em um trecho médio. Localiza-se na parte central do estado da Bahia, partindo um pouco ao norte da latitude de 14º até próximo à curva do São Francisco, na latitude da represa de Sobradinho próximo dos 10º.
Constituída por terrenos granítico-gnáissicos e de granulitos (um tipo de gnaisse) de uma das unidades geológicas mais antigas, com xistos, quartzitos e calcários. Em muitos locais, houve dobramentos e deslocamentos dos terrenos e desnudação posterior das rochas, que isolaram picos e serras que formam a topografia atual, cujos depósitos sedimentares foram quase totalmente erodidos.
A chapada Diamantina é uma região elevada, chegando a alcançar mais de 1.500 m, com grandes trechos planos nos intervalos entre as áreas abruptas. Constitui-se num alinhamento sucessivo de "serras" mais ou menos retilíneas, com gargantas que interrompem essas linhas e recebem uma nomenclatura local, das quais destacam-se: serra do Rio de Contas, com o pico das Almas, de 1.850 m; a serra do Sincorá, com pontos altimétricos de 1.345 m e 1.2647 m; a serra do Tombador, com o pico Morro do Chapéu, de 1.275 m; e a serra do Açuruã, com o pico de 1.263 metros.
A fisionomia da região parece indicar que poderosos tributários primitivos do São Francisco escavaram seus vales paralelos entre essas chapadas. Atualmente, esses rios perderam a força e o volume. Por outro lado, os rios da contravertente oceânica — Jacuípe, Paranaguaçu, Contas e outros —, cujo trabalho erosivo foi deslocando para oeste a linha de separação das águas, acabaram captando as cabeceiras dos antigos tributários do São Francisco. Daí a mudança de direção que cada um desses rios apresenta ao passar os boqueirões das serras da chapada Diamantina.
O primeiro mineral precioso explorado na Chapada Diamantina foi o ouro, na primeira metade do século XVIII. Quase um século depois, começou a lavra das pedras que deram nome à região. Mas a chapada é rica também em belezas naturais, como rios de águas límpidas e cavernas que, outrora, abrigaram garimpeiros. Nos campos rupestres, acima de 800 metros de altitude, brotam várias espécies vegetais endêmicas. No sopé das montanhas, crescem, nos vales dos rios, florestas em que vivem suçuaranas, capivaras, quatis, veados e antas. Entre as cerca de 60 espécies de aves da região, há duas endêmicas de beija-flores.
3. Chapada dos Guimarães
Chapada dos Guimarães, Parque nacional, localizado no município do mesmo nome, no estado de Mato Grosso, com uma extensão de 33.000 hectares. O parque é ao mesmo tempo uma unidade de conservação e uma área de atrativo turístico muito forte. Ocupando um flanco de encosta e parte do rebordo superior da chapada, ele garante a proteção de uma típica forma de relevo da região Centro-Oeste do Brasil, um grande tabuleiro ou mesa de topo plano e encostas escarpadas, com altitudes médias entre 500 e 700m. No caso da Chapada dos Guimarães, uma rede de drenagem fluvial forma uma série de cachoeiras que são os principais pontos de atração turística do parque. Além do aspecto cênico, vários pontos foram transformados em balneários. Em sua parte superior encontra-se a cidade de Chapada dos Guimarães, atualmente um polo de atração turística de características "místico-ambientais", pois a maioria de suas agências de turismo organizam passeios ecológicos (visitas a cachoeiras e grutas) e místicos (visitas a locais considerados como espaços de contatos com seres extraterrestres ou denominados "energéticos").
Formações rochosas de formas estranhas, cachoeiras (a maior, com 80 metros de altura), grutas e rios subterrâneos são algumas das belezas naturais da Chapada dos Guimarães, formação de arenito vermelho que se eleva a quase 800 metros de altitude. Lá nascem os afluentes das bacias Amazônica e do Prata. Na chapada, centro geodésico da América do Sul, encontra-se também um importante sítio arqueológico, ainda pouco estudado. A fauna mistura espécies da Amazônia, do cerrado e da Mata Atlântica. Quanto à flora, é também heterogênea, constituída por matas, campos limpos e cerrados. O município teve origem no aldeamento indígena de Santana da Chapada.
Descoberta no século XVII por bandeirantes e redescoberta recentemente pela juventude, muito se tem falado da Chapada dos Guimarães, um paraíso ecológico distante apenas 74 Km de Cuiabá, capital do Mato Grosso. Encontra-se 800 m acima do nível do mar e por essa razão possui um clima agradável, ao contrário da região Centro-Oeste, onde o calor costuma ser sufocante. O maciço montanhoso no qual ela se encontra, que possui uma grande quantidade de nascentes, é o divisor de águas entre as Bacias Amazônica e do Rio da Prata. Tem a maior concentração de plantas medicinais por quilômetro quadrado do planeta. Segundo algumas profecias, ela será o berço de uma civilização perfeita.
4. Chapada dos Veadeiros
Chapada dos Veadeiros, Parque nacional da, faz parte de um grupo de unidades de conservação que garante a preservação do ambiente de cerrado brasileiro (uma vegetação semelhante à savana africana; ver Campos abertos), o parque com 65.515 ha ocupa terras de dois municípios do estado de Goiás: Alto Paraíso de Goiás e Cavalcante, na porção nordeste do estado. É uma típica paisagem de chapada, situada entre os vales dos rios Tocantins e Paraná, dentro do Planalto Central brasileiro, distante 200 km de Brasília, capital federal. Seu principal inimigo é o fogo, que nos períodos de seca costuma a destruir boa parte do cerrado. Suas fronteiras limitam-se com fazendas de gado e de agricultura de soja, aumentando ainda mais os riscos para a flora e a fauna do parque.
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